segunda-feira, 23 de julho de 2012

As Quatro Grandes Bestas de Daniel 7


Daniel 7:1-7
1 No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia, teve Daniel, na sua cama, um sonho e visões da sua cabeça. Então escreveu o sonho, e relatou
a suma das coisas.2 Falou Daniel, e disse: Eu estava olhando, numa visão noturna, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o Mar Grande.3 E quatro grandes animais, diferentes uns dos outros, subiam do mar.4 O primeiro era como leão, e tinha asas de águia; enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas as asas, e foi levantado da terra, e posto em dois pés como um homem; e foi-lhe dado um coração de homem.5 Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a
um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne.6 Depois disto, continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha nas costas quatro asas de ave; tinha também este animal quatro cabeças; e foi-lhe dado domínio.7 Depois disto, eu continuava olhando, em visões noturnas, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha  grandes dentes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que  sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha
dez chifres.

Quem são estas quatro Bestas? Qual o seu Significado?
A resposta está nos versos 16-18 do mesmo capítulo
16 Cheguei-me a um dos que estavam perto, e perguntei-lhe a  verdadeira significação de tudo isso. Ele me respondeu e me fez saber a  interpretação das coisas.
17 Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis, que  se levantarão da terra.
18 Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e o possuirão  para todo o sempre, sim, para todo o sempre.
Comentário:
O Inicio da visão fala de ventos combatendo no Grande Mar, isto  significa guerras entre povos como podemos comprovar na profecia, ventos são  guerras e mar povos e nações ( Veja Apocalipse 17:15 , Jeremias 49:36 ).
O leão alado é a primeira besta a se levantar das quatro, assim  como no estudo anterior em que vemos uma cabeça de ouro na estátua, no sonho do  rei da Babilônia Nabucodonossor, este animal representa a monarquia babilônica,  porque o leão é o rei dos animais selvagens, é o cabeça dos animais, assim como  o metal de ouro na cabeça da visão da estátua no capítulo 2 do livro de  Daniel.
As asas no animal representam a velocidade de conquistas deste  império que cumpriu com a ascensão do Rei Nabucodonossor, este mesmo reinou  entre os períodos de 605AC até 562AC.
Já sabemos pela história e pela mesma Bíblia que o império  subsequente ao da Babilônia foram os Medos e Persas, neste caso representado por  um Urso que tinha três costelas entre os dentes. Este animal igualmente fazendo  o paralelo a Estátua, os peitos e Braços de prata. As conquistas da Média e  Pérsia foram contra a Babilônia, Egito e Lídia, que aqui bem representados por  estas três costelas. Coincidência? Certamente que não, pois Deus nos revela o
futuro antes de acontecer.
Como estudamos no cap. 2 de Daniel, a Grécia o terceiro reino  subsequente, que é representado por a parte da estátua feita de bronze, ou seja  , o ventre e coxas, já aqui neste capítulo em estudo representa um leopardo com  quatro cabeças e também quatro asas.
As asas representam também a rapidez das conquistas de  Alexandre o Grande, primeiro rei da Grécia.
O que representam as quatro cabeças?
Em qualquer bom livro de História poderemos saber quem são  estas quatro cabeças do animal. Foram as quatro divisões deste império no auge  do reinado de Alexandre, quando este morreu subitamente acometido de uma séria  congestão, e em seu lugar assumiram quatro generais: Lisímaco, Cassandro,  Ptolomeu, e Seleuco. Coincidência?! Estas profecias foram dadas cerca de 250  anos antes de ocorrerem na história!
Daniel 7:19
19 Então tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto  animal, que era diferente de todos os outros, sobremodo terrível, com dentes de  ferro e unhas de bronze; o qual devorava, fazia em pedaços, e pisava aos pés o  que sobrava;
Daniel 7:23
23 Assim me disse ele: O quarto animal será um quarto reino na  terra, o qual será diferente de todos os reinos; devorará toda a terra, e a  pisará aos pés, e a fará em pedaços.
Reconhecemos pela descrição que se trata do império Romano, sua  forte consistência e forma de conquistar seus inimigos. E que também pudemos  estudar este mesmo império na Estátua que são representados pelas pernas de  ferro.
Qual outro acontecimento dentro da visão de Daniel capítulo 7  que faz com que o profeta tenha interesse de saber com mais detalhe?
Daniel 7:20-21

20 e também a respeito dos dez chifres que ele tinha na cabeça,  e do outro que subiu e diante do qual caíram três, isto é, daquele chifre que  tinha olhos, e uma boca que falava grandes coisas, e parecia ser mais robusto do  que os seus companheiros.
21 Enquanto eu olhava, eis que o mesmo chifre fazia guerra  contra os santos, e prevalecia contra eles, Comentário: Se encontra na história a fragmentação do Grande
Império Romano a partir do ano 476DC em dez divisões, estas foram causadas pelas  conquistas dos Bárbaros em seus territórios, inclusive levando a transferência
da capital de Roma para Constantinopla durante este período de subversão.
Vejamos quais foram estas divisões:
1-Anglo-saxões = Inglaterra 6-Lombardos = Itália
2-Germanos = Alemanha 7-Ostrogodos* = no existem
3-Burgundos = Suíça 8-Suevos = Portugal
4-Francos = França 9-Vándalos *= no existem
5-Hunos *= no existem 10-Visigodos =
Espanha

*Divisões derrotadas pela ponta pequena o  papado.
Hérulos (493 d.c.),
Vândalos (534 d.c.) e Ostrogodos (538 d.c.),
Como descreve de uma forma mais detalhada sobre este reino o   capítulo 7 de Daniel?
Daniel 7

8 Eu considerava os chifres, e eis que entre eles subiu outro  chifre, pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e
eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava  grandes coisas.
9 Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um  ancião de dias se assentou; o seu vestido era branco como a neve, e o cabelo da
sua cabeça como lã puríssima; o seu trono era de chamas de fogo, e as rodas dele  eram fogo ardente.
10 Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de  milhares o serviam, e miríades de miríades assistiam diante dele. Assentou-se
para o juízo, e os livros foram abertos.
11 Então estive olhando, por causa da voz das grandes palavras  que o chifre proferia; estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo
destruído; pois ele foi entregue para ser queimado pelo fogo.
12 Quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio;  todavia foi-lhes concedida prolongação de vida por um prazo e mais um  tempo.
Comentário:
Nesta passagem vemos com detalhe o que acontece  aos 10 reis (chifres), onde 3 deles são vencidos e caem, e em lugar destes  assume um pequeno chifre, que possuía uma boca que falava grandes coisas,  veremos mais adiante o que este pequeno chifre da cabeça do animal terrível, que  aqui em questão trata-se de Roma fará. Vejamos:
Daniel 7

23 Assim me disse ele: O quarto animal será um quarto reino na  terra, o qual será diferente de todos os reinos; devorará toda a terra, e a  pisará aos pés, e a fará em pedaços.
24 Quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão  dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos  primeiros, e abaterá a três reis.
25 Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos  do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues  na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo.
Comentário:
As campanhas Papais fizeram com que 3 reinos  Arianos, que se opunham ao levantamento de um cabeça na Igreja, fossem  sucumbidos e derrotados, após estes acontecimentos no ano de 538DC assumi  definitivamente o Papado como poder maior na Igreja de Roma por decreto de  Justiniano o Imperador. Desta forma inicia-se um processo de engrandecimento e  poder deste pequeno chifre descrito na profecia, que foi responsável pelas  mudanças da contagem do tempo e também das leis, o seu parecer era diferente das  demais, denotando ser um governo político e religioso ( Daniel 7:20 ). Ela  iniciou também uma grande perseguição ao seus opositores, chamada de Inquisição  e Guerras santas, que duraram mais de 1000 anos na história, conhecida também  como período da Idade Média ou Idade das trevas. Quão precisa foi a descrição do  Profeta, os acontecimentos narrados na história dizem que, durante este período  cerca de mais de 50 Milhões de pessoas foram mortas pela terrível perseguição  Papal! Dois tempos (720dias), 1 Tempo (360 dias ), e metade de 1 tempo ( 180  dias), completando o numero de 1260 dias! Utilizando-se a interpretação  profética dia ano, encontrada em algumas partes da Bíblia, chegaremos a um  período de 1260 anos literais. ( Ver Ezequiel 4:6 e Daniel 9: 24 – Setenta  semanas de anos ).
Ilustrações Comparativas




Daniel 7 x Daniel 2
 

Foi JESUS UM ARCANJO ????


Ilustração de um arcanjo
Foi  JESUS  UM ARCANJO   ????
O propósito deste estudo é demonstrar que pessoas que dizem ser Jesus o arcanjo Miguel não têm nenhum respaldo bíblico para assim crerem, pois se existe algum respaldo bíblico sobre esse assunto, é contra.
Origem dessa idéia
As origens dessa idéia, que Jesus é um anjo, é produto da filosofia Grega na igreja primitiva nos primeiros séculos. Especificamente é a influência do gnosticismo contra o que a igreja primitiva (do 1º século) lutou enfaticamente. Vamos brevemente repassar a crença gnóstica para que possamos entender mais claramente de que forma isso se desenvolveu.
Gnosticismo: é um termo derivado da palavra grega que significa “conhecimento” (gnosis), e que foi aplicada a um movimento filosófico e religioso que influenciou o mundo mediterrâneo do primeiro século a. C. até o terceiro século d. C.. Os gnósticos diziam que a salvação vinha de um conhecimento secreto ou de um entendimento da realidade somente possuído por devotos espirituais. Este conhecimento reservado foi revelado a eles por agentes do mundo espiritual. Os gnósticos criam que haviam muitos mediadores entre os deuses (Aeones) e o homem. Esse conhecimento (gnosis) era obtido de seres, os quais eles chamavam de : Proarch, Propator e Bythus, que são descritos como seres invisíveis e incompreensíveis. Jesus para eles, era justamente um desses mediadores. Jesus para um gnóstico não era um ser humano, mas um ser espiritual (um anjo). Esse problema de privar a Jesus das qualidades humanas (de sua humanidade) ocorreu desde o tempo dos apóstolos Paulo e João. Esses dois autores escreveram contra esse problema em 2Coríntios 11: 3 “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo”. 2João 7 “Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne (foi homem). Este tal é o enganador e o anticristo”. Mais tarde cristãos como Ignatius, também escreveram para enfatizar a humanidade de Jesus pela mesma razão.
Vamos agora revisar algumas definições básicas que nos ajudarão neste estudo.
Utilizaremos a Enciclopédia Pictórica da Bíblia de Zondervan para um pouco de ajuda:
Anjo: A palavra anjo vem da palavra grega “angelos” que significa “mensageiro”. A palavra correspondente no hebreu é “malakh” que igualmente significa “mensageiro”. Mesmo que esses termos às vezes sejam utilizados para designar aos mensageiros humanos, por exemplo a um profeta ou a um sacerdote, normalmente a diferenciação é feita segundo o contexto. Outros termos para os anjos eram “os filhos de Deus” (Gênesis 6: 2-4, Jó 1: 6, 38: 7); “seres celestiais” (Salmos 29: 1; 89: 6); “santos” (Salmos 89: 5, 7; Daniel 4: 13); exércitos celestiais (Lucas 2: 23) e “os exércitos” como na familiar frase “Senhor dos Exércitos” que originalmente significava “Jeová dos exércitos” (1Samuel 1: 11). Os anjos são espíritos, seres celestiais sobrenaturais. Seres majestosos que Deus criou para levar a cabo a Sua vontade.
O Dicionário Explicativo de Vines de Palavras do Antigo e Novo Testamento diz o seguinte sobre anjos:
Anjo: “mensageiro”, enviado por Deus ou pelo homem, ou ainda por Satanás. Também é utilizado os termos “guardião” ou “representante”. São uma espécie de seres criados que pertencem a Deus e comprometidos com o Seu serviço. “Anjos” são espíritos (“Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?” Hebreus 1: 14). Eles não têm corpo material como os homens têm, apesar de poderem assumir a forma humana. Também diz que o prefixo de arcanjo “arca” pode ser traduzido como “principados”. Sendo que assim podemos entender “arcanjo” como o anjo principal.
O Dicionário de Strong define Arcanjo como: 1. Anjo principal.
O Léxico Grego e Inglês de Thayer do Novo Testamento define Arcanjo como: 1. Chefe dos anjos, chefe, ou príncipe, ou um dos príncipes e líderes dos anjos.
Está claro que um arcanjo é simplesmente um anjo de maior patente. Ele é o líder dos anjos, ou como às vezes se usa, príncipe dos anjos. Porém segue sendo anjo. Ele não é uma criação diferente dos anjos que ele guia. É similar ao título da abelha rainha. A abelha rainha é a rainha das abelhas, mas ninguém pode dizer que não é uma abelha. Esse é o mesmo caso de um arcanjo. Miguel é de fato um dos vários arcanjos. Isto está evidente em Daniel 10: 13 “Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia”.
Em nota ao pé da página da nova Bíblia Americana sobre Daniel 10: 13 diz: o anjo que é o protetor do povo de Deus.
Como diz claramente em Daniel 10: 13, Miguel é um dos primeiros (principais) príncipes. Evidentemente existem mais. Miguel compartilha essa posição com outros mais. Jesus de outra forma, não compartilha sua posição com ninguém, ele é o segundo, somente depois de Deus.
Filipenses 2: 9-10 “Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra”. Quando no versículo anterior diz: “dos que estão no céu”, significa os anjos, incluindo Miguel o arcanjo. Anjos, como temos mencionado antes, são seres espirituais que servem a Deus como mensageiros. Isto é o que o termo anjo significa. Mais específico ainda é o fato que Deus envia os anjos a servir àqueles que são herdeiros da salvação.
Hebreus 1: 13, 14 diz: “E a qual dos anjos disse jamais: Assenta-te à minha destra, Até que ponha a teus inimigos por escabelo de teus pés? Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?” Jesus obviamente herdou a salvação, por isso é referido como o primogênito da morte. É o primeiro a herdar a salvação prometida. Isto é muito conclusivo com respeito a que, Jesus não é um anjo ou arcanjo.
A epístola aos Hebreus
Os grupos que dizem que Jesus é o arcanjo Miguel ignoram completamente o primeiro capítulo de Hebreus, que foi escrito principalmente pela  razão explícita de refutar a tese do gnosticismo, de que Jesus era um anjo. Repassemos Hebreus capítulo 1 observando cada detalhe:
Hebreus 1: 3, 4 “O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas; Feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles”. Neste versículo está claro que Paulo faz distinção entre Jesus e os anjos. Ele está dizendo que Jesus é muito superior à classe de seres chamados de anjos. Seu nome é mais excelente que o deles. A menos que você ignore todas as regras conhecidas de idioma, você pode ver que Jesus não está incluído no termo “anjos”. Paulo começa uma série de versículos especificamente para distinguir entre o Filho de Deus e os anjos. Paulo no versículo 5 diz: “Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, Hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai,  E ele me será por Filho?” Não se pode ser mais claro que isso. Paulo está dizendo que Deus nunca disse a um anjo “hoje te gerei”, porem Ele só disse isso de Jesus. Novamente, Paulo diz que Deus nunca disse de um anjo: “Eu lhe serei por Pai,  E ele me será por Filho”, com certeza Ele só disse isso de Jesus. O propósito desse versículo é fazer distinção entre Jesus e os anjos. Se Jesus é o arcanjo Miguel, então esse versículo não tem absolutamente nenhum sentido junto com o restante do capítulo como veremos.
O versículo 6 diz: “E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem”. Como você pode ler, o primogênito é novamente distinguido dos anjos. Paulo está mostrando sua superioridade sobre eles, dizendo que todos os anjos adorarão ao primogênito (da morte). Isso está de acordo a Filipenses 2: 9, 10 e Hebreus 1: 4 que já vimos antes. Nos versículos 7 e 8 ele segue dizendo: “E, quanto aos anjos, diz: Faz dos seus anjos espíritos, E de seus ministros labareda de fogo. Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de eqüidade é o cetro do teu reino”. Uma clara distinção entre eles.
Hebreus 1: 13 é um dos melhores versículos para se constatar que um anjo não pode ser o Messias. Leia: “E a qual dos anjos disse jamais: Assenta-te à minha destra, Até que ponha a teus inimigos por escabelo de teus pés?” Está claro, nesse versículo, que Deus nuca disse a nenhum anjo, “Assenta-te à minha destra”, porém disse ao Messias, o Senhor Jesus. Esse versículo é uma citação do Salmo 110: 1-4, onde o rei Davi profetiza o que YHWH dirá ao Messias: “Disse YHWH ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés. O SENHOR enviará o cetro da tua fortaleza desde Sião, dizendo: Domina no meio dos teus inimigos. O teu povo será mui voluntário no dia do teu poder; nos ornamentos de santidade, desde a madre da alva, tu tens o orvalho da tua mocidade. Jurou o SENHOR, e não se arrependerá: tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque”. Referindo-se a Jesus, o Cristo, Paulo cita o Salmo 110: 1 em Hebreus 1: 13, e o Salmo 110: 4 em Hebreus 7: 17.
Está muito claro que o Messias não pode ser um anjo, porque Deus promete ao Messias, no Salmo 110: 1, que Ele porá seus inimigos por estrado de seus pés, então Paulo diz que Deus nunca disse isso a um anjo: “Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés” Não é necessário ser um grande intelectual para ver que é uma impossibilidade literária o Messias ser um anjo. Se o Messias não pode ser um anjo, então Jesus não é um anjo. Não há a necessidade de fazer uma cirurgia cerebral, tudo o que se tem que fazer é ler com atenção e sem querer deturpar o que está escrito.
Outro versículo que é muito conclusivo é Hebreus 2: 5 “Porque não foi aos anjos que sujeitou o mundo futuro, de que falamos”. Paulo diz que Deus não sujeitou aos anjos o mundo vindouro (futuro) e segue dizendo nos versículos 6-8: “Mas em certo lugar testificou alguém, dizendo: Que é o homem, para que dele te lembres? Ou o filho do homem, para que o visites? Tu o fizeste um pouco menor do que os anjos, De glória e de honra o coroaste, E o constituíste sobre as obras de tuas mãos; Todas as coisas lhe sujeitaste debaixo dos pés. Ora, visto que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou que lhe não esteja sujeito. Mas agora ainda não vemos que todas as coisas lhe estejam sujeitas”. Ou seja, diz que Deus sujeitou todas as coisas sob os pés do Filho do Homem, e isso concorda com Filipenses 2: 9, 10 e com Hebreus 1: 1-6. A conclusão a que nos leva esses versículos (6-8), é a de que o Filho do Homem (Jesus), a quem Deus sujeitou o mundo futuro não é um anjo.
1Tessalonicenses 4: 16 “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro”. Este versículo é um dos mais utilizados por pessoas que dizem que Jesus é um arcanjo, para provar sua “teoria”. Sendo essa uma interpretação muito pobre e leva as interpretações bíblicas além de seu limite. Eles dizem que porque o texto diz: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo”, por consequência, Jesus é um arcanjo. Esse raciocínio não é sólido e nem conclusivo. Vejamos o que verdadeiramente significa esse versículo.
Paulo está utilizando uma forma de escrita simbólica para descrever a vinda do Senhor Jesus. É obviamente simbólica, porque Jesus tem uma trombeta real que Ele (YHWH) emprestou a Jesus para a sua segunda vinda, isso é uma forma de escrita simbólica. Também, se pode argumentar, que se Jesus é um arcanjo porque ele vem com voz de arcanjo, poder-se-ia dizer que Jesus é Deus porque ele vem com a trombeta de Deus.
Devemos primeiro entender que Paulo quis dizer “com voz de arcanjo e com trombeta de Deus”. Para isso primeiramente vejamos o que significa “trombeta de Deus”.
O Dicionário Explicativo de Vine de Palavras do Antigo e do Novo Testamento diz:
Trombeta: Palavra grega “salpinix”. 1. Se usa de instrumento natural. 2. O acompanhamento sobrenatural de intervenções divinas.
Voz de arcanjo significa autoridade. No mesmo versículo, antes de dizer “com voz de arcanjo” diz que “o mesmo Senhor (Jesus) descerá do céu com alarido”. Essas duas citações significam autoridade. Olhemos um pouco mais de perto. “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus”. É como dizermos hoje em dia, “ele entrou gritando, rugindo como um leão”. Queremos dizer com isso que a pessoa que entrou gritando é um leão real? Claro que não! Nós simplesmente estamos usando uma forma de falar simbólica, de um leão rugindo (porque os leões rugem mui ruidosamente), para poder dizer que esta pessoa entrou gritando muito alto. Neste versículo Paulo está enfatizando o ponto de que Jesus vem com a autoridade de Deus. Jesus vem com voz de comando (alarido), com autoridade similar a que os anjos vieram no Antigo Testamento. Na Bíblia os arcanjos sempre vieram com a autoridade de Deus. Com esse entendimento podemos parafrasear melhor esse versículo da seguinte maneira: “Porque o Senhor, com a autoridade de Deus, virá do céu para intervir em nome de Deus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro”. Disso é o que trata os versículos de 1Tessalonicenses 4: 13-18, sobre a seqüência de eventos na ressurreição. Não é sobre a natureza de Jesus. Se esses versículos forem lidos sem nenhuma idéia preconcebida, você jamais dirá que esses versículos tentam explicar a natureza de Jesus.
De forma parecida, o Dicionário Explicativo de Vine, diz o seguinte da palavra “arcanjo” quando utilizada nesse versículo: Em 1Tessalonicenses 4: 16, o significado é de que a voz do Senhor Jesus será do caráter de um “grito angélico”.
Jesus é louvado (adorado)
Outro ponto a ser considerado é o fato de que Jesus é adorado no Novo Testamento. Não no sentido de ser adorado como Deus, como a crença trinitariana quer que você creia, mas sim como o rei de Israel, o Messias. Os reis normalmente eram louvados naqueles dias, e ainda o são hoje.
Louvar: fazer homenagem, reverencia. A palavra grega denota um ato de reverencia, seja rendida a um homem ou a Deus.
Era comum naqueles dias louvar ao rei. Significava mostrar-lhe reverencia, por isso é que as pessoas que vinham diante do trono de um rei se inclinavam diante dele.
“Então o rei se afeiçoará da tua formosura, pois ele é teu Senhor; adora-o”. [Salmo 45: 11]
“Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo… E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra”. [Mateus 2: 2, 11]. Por que eles o adoraram? Porque ele é o rei dos judeus. Trazer presentes, era e todavia ainda é, costume na presença de reis ou chefes de estado. Por isso é que os magos trouxeram presentes. Encontraremos isso em cada caso que alguém esteja prostando-se e fazendo homenagem a Jesus, porque ele é o Messias, o Filho de Deus, o rei de Israel.
Jesus é obviamente adorado no Novo Testamento, e com certeza a Bíblia nos diz que nunca devemos adorar a anjos. Colossenses 2: 18 diz: “Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão”. A nova Bíblia Americana tem uma nota ao pé da página sobre esse versículo que diz: Colossenses 2: 18: Práticas de falsos mestres, de submissão às suas regras, incluindo culto (louvor e adoração) de anjos, e pontos de vista culturais (tradição de homens).
Jesus é adorado. Sem dúvida Paulo nos diz explicitamente que não louvemos ou adoremos a anjos. A única conclusão lógica é a de que Jesus não deve ser , por conseguinte, um anjo.
Conclusão
Depois de revisar cuidadosamente as Escrituras, a evidencia é uma contradição enorme à idéia de que Jesus é o arcanjo Miguel. Para aceitar este ponto de vista, teríamos que retirar todo o primeiro capítulo da carta aos Hebreus, do Novo Testamento. Hebreus é sumamente claro e fácil de entender. Disse isto dos anjos… e disse isso do Filho… Depois vemos na carta aos Colossenses que não devemos adorar aos anjos, mas sem dúvida, a Jesus claramente se louva e adora.
Eu não creio que exista base Bíblica para afirmar que Jesus é o arcanjo Miguel. E esse ponto de vista (Jesus ser o arcanjo Miguel) é tão correto como o ponto de vista trinitariano. Algumas pessoas tentam justificar essa visão dizendo que um arcanjo não é um anjo, mas sim uma criatura diferente. Isso é um absurdo e não tem apoio bíblico ou secular. Não existe em absoluto em nenhuma parte referencia que esteja de acordo com essa idéia.
Por favor estude as Escrituras sem nenhuma idéia preconcebida e ficará claro. Eu sugiro que leia mais sobre “o Messias de Deus” para descobrir quem é Jesus segundo a Palavra de Deus.
Fonte: http://www.elevangeliodelreino.org/deidad/arcangel.doc

DESCEU JESUS LITERALMENTE DO CÉU?


DESCEU JESUS LITERALMENTE DO CÉU?
 Antes de começar existe algo que devemos deixar absolutamente claro. O Senhor Jesus Cristo é o Filho de Deus. É o ser mais importante de todo o universo, tirando Deus. O propósito deste artigo é honrar o Senhor Jesus como deve ser honrado. Infelizmente, o ensino da Bíblia acerca do Senhor Jesus é freqüentemente mal entendido. Num bem intencionado embora que errado intento de honrar Jesus, muitas igrejas ensinam acerca dele coisas que não são bíblicas. Este artigo tem a intenção de corrigir essas idéias errôneas. Isto não emana de um desejo de criticar as idéias do outros, mas simplesmente de mostrar o que a Bíblia realmente ensina acerca do Senhor Jesus, o Filho de Deus. Unicamente quando entendermos isto, poderemos dar ao Senhor a glória que merece.
 “Porque eu desci do céu…”
 O título deste artigo é uma pergunta: Desceu Jesus literalmente do céu? O capítulo 6, v. 38 do evangelho de João aparentemente responde a esta pergunta. Jesus disse: “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou”. Não devemos apressadamente chegar a uma conclusão. O tema não é tão simples como parece à primeira vista. È preciso cavar mais fundo!!
 A maior dificuldade que existe na interpretação é que há dois tipos de linguagem: A LITERAL E A FIGURADA. Jesus utiliza ambos os tipos de linguagem no capítulo que estamos a considerar. No versículo 64 Jesus diz: “Mas há alguns de vós que não crêem”. Isto é linguagem literal. Significa exatamente o que diz. Nem sequer uma criança poderia deixar de entender o seu significado. Mas muitas outras passagens não são assim. Por exemplo, os versículos 53 e 54 do mesmo capítulo: “Jesus pois lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e {não} beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”. Isto é linguagem figurada. Não significa o que parece estar dizendo; em vez disso, as suas palavras têm um significado muito mais profundo. Há que se considerar as palavras cuidadosamente para descobrir o seu verdadeiro significado. Em conseqüência, se não formos cuidadosos podemos facilmente interpretar mal estas palavras.
Os judeus incrédulos interpretaram mal este e muitos outros ditos similares de Jesus. Eles disseram: “Disputavam pois os judeus entre si, dizendo: Como nos pode dar este a sua carne a comer?” (v.52). Talvez pensaram que ele estava a pregar o canibalismo! Conforme o que pensavam, a verdade é que estavam muito enganados.
 Voltando então à questão original — DESCI DO CÉU – Esta Linguagem é literal ou figurada? 
Existe uma boa razão para considerar que é figurada. No versículo 31 do mesmo capítulo existe uma menção ao que o Antigo Testamento chama de “maná”. Isto era uma espécie de pão produzido por Deus para que o seu povo se alimentasse durante a viagem pelo deserto. O versículo 31 diz: “Deu-lhes a comer pão do céu”. Isto é obviamente linguagem figurada. O pão milagroso não era cozinhado no céu e distribuído na terra. A declaração de que o pão veio do céu diz-nos que o Deus do céu criou-o na terra. Enfatiza sua origem Divina.
 Mais linguagem figurada. 
A Bíblia usa linguagem figurada não só acerca de coisas mas também de pessoas. A Bíblia diz assim: “Houve um homem enviado de Deus, cujo nome {era} João. [João 1: 6]. No entanto, João nunca esteve no céu. “Enviado de Deus” significa simplesmente que Deus escolheu-o para uma tarefa especial. 
Mas esta explicação não só se pode aplicar a versículos que mencionam Jesus “descendo” do céu. Existem outras passagens que aparentemente sugerem de uma ou de outra forma que Jesus em certa altura viveu no céu. Esta é uma de tais passagens: “E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse”. [João 17: 5]. Como devemos considerar versículos como este? São literais ou figurados? Vivia Jesus realmente com Deus antes que o mundo fosse criado? Ou têm estas palavras um significado mais profundo? O propósito deste artigo é deixar que a Bíblia fale por si mesma e nos traga a resposta a estas perguntas.
 Três pontos de vista sobre Jesus
 Aqueles que não acreditam na Bíblia, em geral dizem que Jesus era simplesmente um homem comum. Essas pessoas estão erradas. Ele era O Filho de Deus, não precisamos perder tempo ao considerar este ponto de vista. Mas vamos considerar os três pontos de vista acerca de Jesus aos quais aderem à cristandade que diz acreditar na Bíblia.
 O primeiro ponto de vista é o mais comum. Sustenta que Jesus é Deus todo-poderoso em forma humana. Os que acreditam nisto referem-se a Jesus como a segunda pessoa da Trindade; É difícil entender o que querem exatamente dizer com essa frase [DEUS EM FORMA HUMANA]. De acordo com este ponto de vista, Jesus viveu no céu desde toda a eternidade antes de sua encarnação na terra. 
O segundo ponto de vista é ensinado por uma denominação chamada “Testemunhas de Jeová” e por alguns outros pequenos grupos. Sustentam que Jesus não é Deus mas sim um poderoso anjo que Deus criou faz muito tempo. Também acreditam que Jesus viveu no céu antes do seu nascimento na terra.
 Os que acreditam num destes pontos de vista tomam literalmente os versículos que falam de Jesus descendo do céu. 
O terceiro ponto de vista é o que nós sustentamos neste artigo. De acordo com este ponto de vista, Jesus não viveu no céu antes do seu nascimento e os versículos que se referem à sua origem celestial deve se entender de forma figurada. Este é o ponto de vista que será explicado neste artigo. Se isto lhe parece surpreendente, tenha paciência e continue a ler. Existe uma grande quantidade de evidência bíblica para manter este ponto de vista. 
Jesus foi um homem de verdade.
 Jesus não foi um homem normal e pecador. Não devemos cometer o erro de pensar isso. Ele foi um homem único. Era Filho de Deus. No entanto, num sentido sem ambigüidades, ele era um homem e não Deus todo-poderoso. Isto não significa que ele deixou de ser homem assim que subiu em forma corpórea ao céu. A Bíblia ensina-nos a considerar Jesus como homem, mesmo na atualidade (1Timóteo 2: 5). Muito tempo depois de Jesus ter ressuscitado e ascendido ao céu, o Novo Testamento fazia declarações como a seguinte: “Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça, {que é} dum só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos. E não foi assim o dom como {a ofensa}, por um só que pecou. Porque o juízo veio de uma só {ofensa}, na verdade, para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação. Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só -Jesus Cristo. Pois assim como por uma só ofensa {veio o juízo} sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça {veio a graça} sobre todos os homens para justificação de vida. Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um [homem] muitos serão feitos justos”. [Romanos 5: 15-19]. “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem”. (1Timóteo 2: 5]. 
Jesus realmente é um homem. Esse é o inequívoco ensinamento do Novo testamento. Consideremos agora esse ensino com as palavras de um bispo católico inglês, numa passagem que descreve o ponto de vista da maioria dos “cristãos” sobre Jesus: “Jesus não foi um homem que nasceu e cresceu, ele era Deus e por um tempo limitado participou de uma farsa. Tinha a aparência de homem mas no fundo era Deus disfarçado — uma espécie de Pai Noel”. Muitas pessoas da cristandade consideraram ofensiva a referência a Pai Noel. Mas, tirando isso, estão de acordo em que essa declaração do bispo representa cabalmente o ensino atual. Se Jesus era realmente Deus, ou um anjo poderoso que vivia no céu, então ele nunca foi um homem de verdade mas uma pessoa celestial disfarçada com carne humana. Inevitável conclusão!! Mas o Novo Testamento não está de acordo com essas opiniões. O Novo Testamento descreve Jesus como homem. Esta é a primeira razão para considerar que o ponto de vista comum sobre Jesus está errado.
 O nascimento de Jesus
 O Nascimento do Senhor Jesus Cristo foi o resultado de um portentoso milagre. A sua mãe era uma jovem mulher solteira de excelente caráter. Era virgem. As coisas aconteceram assim: “…O anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus… Então, disse Maria ao anjo: Como será isto, pois não tenho relação com homem algum? Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus”. (Lucas 1:30-35).
 Examinemos estas palavras em detalhes. Há muito que aprender delas. O menino seria filho de Maria. O anjo não disse que ela ia reproduzir um corpo de carne para que um ser celestial habitasse nele. O anjo disse: “…conceberás e darás à luz um filho…”. Estas palavras evidentemente deviam ser tomadas literalmente. Descrevem o início de uma nova vida humana — não a vinda de um ser celestial à terra, para habitar num corpo de carne. Além disso, se Jesus tivesse sido uma pessoa celestial, milhões de anos mais velho que Maria, poderia ter sido realmente seu filho? E no entanto, Jesus era filho de Maria, e não uma espécie de filho adotivo extraordinário. Todos os evangelhos referem-se à Maria como mãe de Jesus, e nunca como sua mãe adotiva.
 Por outra parte, ainda que José, que mais tarde foi marido da mãe de Jesus, é às vezes chamado de seu pai, os verdadeiros fatos não ficam em dúvida. Lucas refere-se a Jesus assim: “Era, como se cuidava, filho de José”. [Lucas 3: 23]. Jesus era verdadeiramente filho de Maria, não uma pessoa celestial fingindo ser filho de Maria. Como todos os filhos, ele se parecia com a sua mãe de muitas formas. Isso era o que fazia de Jesus um homem real. Os homens reais não vivem no céu antes de nascer, e este homem, Jesus, não viveu no céu também. A sua concepção foi o início da sua existência como pessoa. A natureza humana é débil, e está cheia de tentações. Jesus herdou de sua mãe a debilidade da natureza humana. 
Mas isso é só parte da história. O anjo estabeleceu muito claramente que o filho de Maria era também Filho de Deus: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus”. [Lucas 1: 35]. Jesus herdou também muitos traços do Pai. Deus era seu Pai e Dele, Jesus herdou o desejo de fazer sempre o bem. Isto foi o que lhe ajudou a vencer a debilidade de sua natureza humana — para lutar contra a tentação e vencê-la. 
A infância de Jesus. 
Nas Escrituras encontramos muito pouco acerca da infância de Jesus. Mas o que encontramos é muito importante. Lucas descreve a forma em que Jesus cresceu nos seguintes termos: “E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens”. [Lucas 2: 52]. Aqueles que crêem que Jesus era realmente Deus ficam um pouco perplexos com este versículo. Como pode Deus crescer em sabedoria e graça ante si mesmo? A idéia é completamente absurda! É obvio que Lucas não cria que Jesus era Deus que estava a habitar de forma temporal em um corpo de um menino.
 E em relação à outra idéia — que Jesus era um poderoso anjo celestial que residia no corpo de um menino em crescimento, esta idéia não é melhor que a anterior. Esse anjo, sem lugar para dúvidas, tinha sido perfeito muito antes de viver na terra. Um anjo num corpo de um moço não podia “crescer em sabedoria… e em graça diante de Deus”. Este versículo descreve o crescimento de um verdadeiro menino. O seu corpo desenvolveu-se. A sua provisão de sabedoria incrementou-se gradualmente. E o seu caráter amadureceu de tal forma que o seu Pai agradava-se cada vez mais com ele cada dia que passava.
 A sua vitória sobre a tentação
 A Bíblia descreve como o Senhor Jesus lutou uma tremenda batalha contra as tentações humanas. Lutou contra a tentação todos os dias, e sempre saiu vencedor. Todos sabemos o que é a tentação. Se Jesus era um homem verdadeiro, podemos entender o tipo de luta que ele suportou. Mas se ele era um ser celestial, usando um corpo humano, então não teria havido qualquer luta — tudo teria sido um engano. É impossível que Deus, ou um anjo, sejam tentados como nós. A Bíblia diz que “Deus não pode ser tentado pelo mal” [Tiago 1: 13]. No entanto acerca de Jesus a Bíblia nos diz: “…temos sumo sacerdote que… foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”. [Hebreus 4: 15].
 Em certa ocasião, quando Jesus estava a lutar contra a tentação, ele disse: “Não se faça a minha vontade, e sim a tua”. [Lucas 22: 42]. Evidentemente Jesus tinha uma vontade própria que tinha que ser dominada para que a vontade de Deus fosse feita. Se ele era um homem verdadeiro podemos entender esse versículo. Mas o versículo não tem qualquer sentido se Jesus na realidade era Deus, ou um anjo em forma humana. 
Como Jesus alcançou a perfeição? 
Jesus nunca foi imperfeito no primeiro sentido da frase. Não havia nada de mal nele. Ele nunca pecou, nem sequer uma vez. No entanto, o seu caráter tinha que se desenvolver gradualmente, como uma casa em construção, até que estivesse completo. Neste sentido, ele tinha que chegar a ser perfeito, como o demonstram as seguintes passagens bíblicas: “Embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna”. [Hebreus 5: 8, 9]. “Porque convinha que aquele, por cuja causa e por quem todas as coisas existem, conduzindo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse, por meio de sofrimentos, o Autor da salvação deles”. [Hebreus 2: 10].
 Novamente é evidente que existe algo de errado com a idéia popular de que Jesus era um ser celestial vestido com um corpo humano. Podemos imaginar esse ser aprendendo a obediência através do que sofreu? Podemos conceber a idéia de um ser assim alcançando a perfeição através do sofrimento? Claro que não. Temos na Bíblia a descrição de um homem verdadeiro adquirindo um caráter perfeito, passo a passo. Se Jesus fosse Deus, ou mesmo um poderoso anjo, seria perfeito muito antes de vir ao mundo. Mas as coisas não foram assim. A Bíblia diz enfaticamente que Jesus só alcançou a perfeição através dos seus sofrimentos na terra.
 A sua morte na cruz. 
A morte do Senhor Jesus apresenta um problema adicional para aqueles que mantêm os pontos de vista mais comuns acerca da sua natureza. Deus não pode morrer, diz a Bíblia (Daniel 12: 7; 1Timóteo 6: 16). O mesmo é certo a respeito dos anjos (Mateus 22: 30). Todos sabemos, no entanto, que Jesus morreu na Cruz. Há quem considere ter a resposta para este problema. Dizem que só o seu corpo morreu. O ser espiritual interior continuou a viver. Mas esta explicação não serve. A Bíblia diz que não foi só o corpo de Cristo que morreu, “…derramou a sua alma na morte” [Isaías 53: 12]. “Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras”. [1Coríntios 15: 3]. 
E mais ainda, a Bíblia mostra que Jesus temia a morte tanto como nós. A morte era uma pavorosa experiência para ele, assim como para nós. “Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade”. [Hebreus 5: 7]. Isto é também forte evidência de que Jesus não era nem Deus nem tampouco um anjo em forma humana. Poderia tal ser ter sofrido grande ansiedade ante a perspectiva de perder o seu corpo humano temporário? Sem dúvida alguma que só um homem verdadeiro, que estava a ponto de morrer na realidade, se sentiria como Jesus em relação à morte.
 Porque Jesus está à direita do Pai?
 Na atualidade Jesus está sentado à destra de Deus (Salmo 110: 1, Hebreus 1: 13). Com estas palavras, e em varias outras formas, a Bíblia diz-nos quão grandioso é Jesus. Ele é a pessoa mais importante de toda a criação, tirando Deus — o Criador. Suponhamos agora que se faça a pergunta: Por quê? Por que é Jesus tão grandioso? Por que Deus lhe deu um lugar tão exaltado?
 Os que acreditam que Jesus é Deus, ou um anjo, têm uma resposta simples. Dizem que Jesus sempre foi grandioso, era um espírito grandioso no céu antes de vir à terra. Depois regressou ao lugar que lhe pertencia por direito. Regressou ao lugar exaltado de onde tinha vindo. Mas essa não é a resposta da Bíblia. A Bíblia diz que Jesus se tornou grande depois da sua vida na terra. Diz que Jesus se fez grande porque Deus lhe deu essa grandeza. E diz-nos também que Deus lhe deu grandeza porque Jesus a mereceu por causa do que fez na terra. “Vemos, todavia… Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra” [Hebreus 2: 9]. “A si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome”. [Filipenses 2: 8, 9].
Esta é sem dúvida alguma, a prova final e conclusiva que Jesus é um homem verdadeiro. Um homem verdadeiro, mas no entanto um homem muito especial. É o único homem em toda a história que derrotou a tentação humana por completo. É por isso que agora está sentado à destra de Deus.
 As coisas desde o ponto de vista de Deus.
 No início deste artigo, consideramos as palavras de Jesus: “desci do céu”. Vimos também que este tipo de linguagem pode-se entender facilmente no sentido figurado e não literal. Agora podemos chegar a uma conclusão mais concreta. À luz de todos os ensinamentos claros que temos estudado, podemos estar seguros de que Jesus era um homem de verdade. Se isto é assim, a sua declaração de que desceu do céu só pode ser tomada no sentido figurado. Podemos ter certeza disto. Ele evidentemente queria dizer que a sua vida começou quando Deus do céu fez com que na terra acontecesse um poderoso milagre com a sua mãe, Maria. Isto todavia deixa um certo número de versículos enigmáticos. Temos, por exemplo as palavras de João 17: 5 em que Jesus se refere à “glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo” e outras passagens bíblicas onde ocorrem expressões similares. Podem estas expressões estar em linguagem figurada? Certamente que podem estar em linguagem figurada. Mas para apreciar o significado destes ditos devemos fazer um esforço especial para ver as coisas desde o ponto de vista de Deus. 
Existem muitas diferenças entre Deus e nós. A diferença que nos ocupa neste momento é esta. Para nós o futuro é desconhecido, só podemos tentar adivinhar o que irá ocorrer amanhã. Mas Deus conhece o futuro, para ele o amanhã é tão real como o presente para nós. É por isso que a profecia bíblica sempre se cumpre. Paulo comentou sobre isto em Romanos 4: 17. Ele chamou a atenção para o fato de que Deus disse a Abraão em Gênesis: “Por pai de muitas nações te constituí”. Há de se notar que diz “te constituí” e não “te constituirei”. Nessa época Abraão tinha um só filho. Mas quando Deus faz uma promessa, essa promessa é certa. Pode-se considerar como se já estivesse cumprida. Quando um homem faz uma promessa diz: “Farei isto ou aquilo”. Mas Deus, através dos seus profetas, com freqüência diz acerca do futuro: “fiz tal e tal”, quando o que quer dizer é que sem dúvida o fará. Na segunda parte de Romanos 4: 17, Paulo tira a mesma lição e diz: “…e chama as coisas que não são como se já fossem”.
 Para Deus o futuro é real
 Com um pouco de ajuda do apóstolo Paulo, estabelecemos um princípio importante. Para nós, só o passado e o presente são reais. O futuro está escondido de nossa vista. Mas Deus é diferente. Ele pode ver o futuro perfeitamente. O futuro é tão real para Deus como o presente o é para os homens. Deus pode falar do futuro como se já tivesse acontecido. Existem muitas passagens na Bíblia onde Deus faz isto. A seguir temos três exemplos:
 (1) “A mim me veio, pois, a palavra do SENHOR, dizendo: Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te consagrei, e te constituí profeta às nações”. [Jeremias 1: 4, 5]. Portanto, Deus conheceu Jeremias antes que Ele nascesse. Obviamente, esta linguagem é figurada. Não significa que na realidade Jeremias existia antes do seu nascimento. Significa que Deus pode ver o futuro e ver Jeremias antes que nascesse. Por outras palavras, antes que Jeremias nascesse ele já existia na mente de Deus.
 (2) “Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade”. [Efésios 1: 4, 5]. Não só Jeremias; Deus também conhecia os membros da sua igreja antes que nascessem. Isto, também é linguagem figurada, baseado no conhecimento de Deus do futuro. Na segunda frase desta passagem, Paulo mostra claramente o que queria dizer em linguagem literal: “segundo o beneplácito de sua vontade”.
 (3) “Conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós”. [1Pedro 1: 20]. É interessante que a palavra “conhecido” nesta passagem no original grego significa “conhecido com antecipação”. Desta palavra chegou-nos ao português a palavra prognóstico. 
Prognóstico é uma palavra associada em geral com a medicina. É um conhecimento antecipado de algo. Por exemplo, um médico pode dizer: “Este paciente tem câncer no estômago. O meu prognóstico é que continuará sangrando e possivelmente morrerá dentro de cerca de um mês”. Os médicos, sem dúvida cometem erros. Admitem que os seus prognósticos, assim como os prognósticos do tempo, com frequência estão errados. Deus é diferente. Ele certamente conhece as coisas com antecipação. O prognóstico de Deus é completamente exato.
 Um dos versículos citados anteriormente, então, nos diz que antes de criar o mundo Deus sabia tudo acerca de Jesus. Isto é de esperar. Também em outras passagens que Deus sabia tudo acerca dos primeiros cristãos antes da criação do mundo. Jeremias, a igreja primitiva e o Senhor Jesus. Todos estavam já na mente de Deus, desde o início do tempo. Portanto não é de surpreender que Jesus dissesse a seu Pai celestial: “E, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo” [João 17: 5]. Agora pois sabemos o que ele queria dizer com estas palavras.
 Deus o grande planificador.
 Quando o homem se propõe a fazer algo importante, começa com o desenvolvimento de um plano. Antes de lançar um ataque o comandante de um exército prepara um plano de batalha e revela-o aos seus generais. Antes que se construa um edifício importante, um arquiteto tem que fazer os planos. Os planos dos homens com frequência não se levam a cabo. O inimigo pode realizar um movimento de surpresa que torne impossível que os generais comecem o ataque. O edifício pode tornar-se demasiadamente caro e os planos do arquiteto têm que ser abandonados. Mas nada pode prevenir que Deus realize o seu plano para com o mundo. Como já vimos, fala do seu plano como se já estivesse consumado, ainda antes de o por em prática.
 O Antigo Testamento tem um nome para o plano de Deus. Que é denominado por: a sabedoria de Deus. Um dicionário bíblico descreve a sabedoria no Antigo Testamento como “o irresistível cumprimento do que Deus tem em mente”. Essa é uma boa definição. Encaixa-se perfeitamente com a seguinte passagem do Antigo Testamento: “Não clama, porventura, a Sabedoria, e o Entendimento não faz ouvir a sua voz?… junto às portas, à entrada da cidade, à entrada das portas está gritando:… O SENHOR me possuía no início de sua obra, antes de suas obras mais antigas. Desde a eternidade fui estabelecida, desde o princípio, antes do começo da terra”. [Provérbios 8: 1, 23]. Por outras palavras, antes que Deus começasse a sua obra com este mundo ele tinha o seu plano — a sabedoria, como os judeus a denominavam.
 Os gregos — que acreditavam em muitos deuses, mas não no Deus da Bíblia — davam a este plano um nome diferente: logos, que se traduz como “Verbo” ou “Palavra”. O mesmo dicionário bíblico descreve “logos” como “o plano de Deus e o poder criativo de Deus”.
 Isto é muito útil, já que nos ajuda a compreender o primeiro capítulo do evangelho de João. João parece ter combinado a idéia grega da Palavra de Deus com a idéia judaica da sabedoria de Deus. O evangelho de João começa assim: “No princípio era o Verbo”.
 Existe muita gente que não consegue entender o sentido desta passagem. Outros acreditam que podem entendê-la mas chegam a uma conclusão errada, já que consideram que o Verbo é um ser vivente ao lado de Deus. As palavras Verbo e Palavra têm diferentes gêneros, uma é masculina e a outra é feminina. No original em grego a palavra “logos” é neutra.
Se pensamos no Plano em vez de Verbo (ou Palavra), isto é o que tiramos de João 1: “No princípio já existia o Plano, e o Plano era com Deus, e o Plano era Deus. Este era no Princípio com Deus. Todas as coisas pelo Plano foram feitas, e sem o Plano nada do que tinha sido feito, foi feito. No Plano estava a vida, e a vida era luz dos homens… E aquele Plano tornou-se carne, e habitou entre nós (e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai), cheio de graça e de verdade”. [João 1: 1, 2, 14].
 Estas palavras de João resumem o ensino bíblico de forma especial. Jesus existia no céu desde o princípio mas não como pessoa. Ele existia como uma grande idéia na mente de Deus, como parte central do plano de Deus. Ele não existiu como pessoa até que nasceu em Belém. Então, como João diz: o plano tornou-se carne (ou seja, nasceu).
 A honra que é devida a Jesus.
 Agora que já vimos o que a Bíblia realmente ensina acerca de Jesus podemos começar a dar-lhe honra, como talvez não o fazíamos antes. Porque isto assim se torna evidente se reconsiderarmos o que temos proposto.
 Vimos que existem dois tipos de linguagem na Bíblia. Existe a linguagem literal, que significa exatamente o que diz. E existe a linguagem figurada, que tem um significado mais profundo do que parece à primeira vista. Quando Jesus disse que tinha descido do céu ele nunca tinha estado pessoalmente no céu. As suas palavras não podiam ser literais por isso tinham que ter um significado figurado. Já que Deus sabe tudo ele pode ver o futuro. Quando Deus todo-poderoso decide fazer algo já se pode considerar como feito. Antes que criasse o mundo Deus fez um plano. Jesus foi o início desse plano, e a parte mais importante dele. Os seguidores de Jesus também formam parte desse plano. As Escrituras referem-se tanto a eles como ao seu Senhor como se existissem antes da criação do mundo. Claro que nem Jesus nem os seus seguidores estavam vivos nessa altura. Só existiam na mente de Deus como parte do seu plano. Neste sentido figurado todos eles estavam no céu desde o princípio da criação. Mas a vida real de Jesus só começou quando nasceu em Belém. Sua concepção foi um milagre. Deus foi o seu Pai, e Maria, uma virgem, foi sua mãe. Ela foi verdadeiramente a sua mãe, e Jesus foi tanto filho verdadeiro dela como o era de Deus. Devido a isto Jesus foi um homem de verdade. Isto significa que sofreu as mesmas tentações de pecar como qualquer outra pessoa. Mas ele conquistou a vitória sobre a tentação de forma absoluta. Ele levou uma vida livre de pecado, e desenvolveu um caráter perfeito. Como recompensa por isto, Deus o ressuscitou de entre os mortos e tornou-o a pessoa mais importante do universo, depois de si mesmo. Se Deus agradou-se de dar tal honra a Jesus, nós também devemos honrá-lo pelas mesmas razões. Devemos estar na capacidade de dirigir a nossa vista para o céu e dizer a Deus: Pai celestial, o teu Filho teve que lutar contra a tentação, o mesmo que eu tenho que fazer. Ele sabe como me sinto. Mas ele ganhou todas as batalhas que teve contra a tentação, enquanto que eu com frequência as perco. Senhor, admiro a sua imensa vitória e desejo que possa seguir o seu exemplo muito melhor do que o faço agora. Mas eu sou fraco, Senhor, tem misericórdia de mim e ajuda-me. Ajuda-me a ser mais como o teu Filho. Ajuda-me a tentar segui-lo de todo o coração. Ajuda-me a amá-lo, honrá-lo e a obedecer-lhe. Deus todo-poderoso, o teu Filho passou por esta vida de sofrimento e morte. Eu sei que ele me compreende, Senhor, e assim oro através dele para que me ajudes. Sei que me escutarás.

 Artigo escrito por: Alan Hayward.
Traduzido e adaptado por Marcelo  Valle.